|
Antigo defesa
central do "Boavistão" de Pedroto (onde conquistou
duas Taças e foi vice-campeão nacional), como técnico passou
pelo comando do Olhanense na época 87/88, substituindo o brasileiro
Eduardo Nunes, que não chegou a iniciar a época em termos de
jogos oficiais. Uma situação anómala, mas não virgem no futebol
Português. Por ironia do destino, Carolino sofreria na pele
na última época desportiva em que orientou umae quipa senior
e profissional. Foi Gondomar, devido a divergências com um dirigente
do clube. Na altura do falecimento, encontrava-se ligado ao
futebol juvenil do Boavista e da AF Porto.
Morreu aos cinquenta anos devido a problemas pulmonares e, na
nossa cidade, apesar de não ter finalizado a época (foi subsituido
a poucas jornadas do final pelo experiente lateral direito
DINIS, que
iniciaria aí a sua carreira de técnico), ficará para sempre
ligado a uma das grandes tardes do Olhanense no Estádio José
Arcanjo. Orientou a equipa que eliminou a então primodivisionária
Académica de Coimbra, com uma goleada de cinco bolas a uma (!).
Vitor Manuel, técnico da "Briosa" e adversário naquela
tarde, não inventou desculpas e disse que «se o Olhanense jogasse
sempre assim, subia de Divisão e era campeão nacional».
Mas... a verdade é que jogou sempre assim, não subiu e ficou
em 10.º lugar da antiga Zona Sul. O futebol é isso mesmo, mas
ninguém poderá apagar da memória de Paulo Silva (hoje árbitro),
Carlos Reis, Tito e restantes colegas uma das tardes de melhor
memória desde que a formação rubro-negra começou a jogar no
seu recinto relvado. Nesse dia esses "filhos de Olhão"
(que nunca tiveram uma merecida oportunidade ao mais alto nível)
foram muito superiores a uma Académica com vários "nomes"
(como os três "itos", Mito, Marito e Quinito, ou outros
como Reinaldo, Rolão, Tomás, Cadorin ou Vitor Nóvoa).
|